Boletins Jurídicos

14 | 03 | 2024

Vício de Consentimento: o Erro no Negócio Jurídico

O vício de consentimento e a análise sobre o erro no negócio jurídico são temas amplamente discutidos no campo do Direito. Essa questão envolve situações em que uma das partes em um negócio jurídico é induzida a erro, resultando em uma decisão que não seria tomada se a informação correta tivesse sido disponibilizada.

Um dos tipos mais comuns de vício de consentimento é o erro substancial, no qual a parte é levada a acreditar em algo que não corresponde à realidade. Isso pode ocorrer por meio de informações falsas ou omissões relevantes, comprometendo a livre manifestação de vontade das partes.

Outro tipo de vício de consentimento é o dolo, que envolve ação intencional para induzir ao erro. Pode ocorrer tanto por meio de ações deliberadas para enganar, quanto pela omissão de informações relevantes. O dolo é considerado uma conduta ilícita e pode levar à anulação do negócio jurídico.

A boa-fé é um princípio fundamental nas relações jurídicas e sua quebra pode levar ao vício de consentimento. A boa-fé implica na lealdade e transparência entre as partes, e quando há informações falsas, ocultação de fatos relevantes ou simulação, o vício de consentimento pode ser configurado.

Em casos de vício de consentimento, é possível requerer a anulação do negócio jurídico. Isso resulta na restituição das partes ao estado anterior à realização do negócio, buscando reparar o prejuízo causado pela indução ao erro.

No entanto, nem todo erro no negócio jurídico configura um vício de consentimento. É necessário que o erro seja essencial, ou seja, que tenha sido determinante para a tomada de decisão da parte prejudicada. Além disso, para que um negócio jurídico seja anulado é preciso comprovar a existência do erro e a sua relação de causalidade com o prejuízo sofrido.

A compreensão do vício de consentimento e do erro no negócio jurídico é essencial para uma atuação justa e equilibrada na esfera jurídica, visando proteger os indivíduos contra práticas fraudulentas e enganosas.

REGINALDO FERRETTI
OAB/SP N. 244.074

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